Ter uma casa própria é um sonho alimentado por quase todos os brasileiros, cada qual com seu objetivo em particular, pois tem os amantes de casa, de apartamentos, com espaços para muitas pessoas, ou para um único habitante.
O fato é que, independente de ter área de lazer, vários quartos, ou apenas poucos metros quadrados, o que a maioria deseja é um espaço para chamar de seu.
Para tanto, é preciso fazer um investimento alto. Claro que existem vários tipos de imóveis, em locais diferentes e preços que vão de um extremo a outro, mas o possível comprador sempre necessitará de um valor que dificilmente consegue dispor.
Por esse motivo é cada vez mais comum que as pessoas optarem pelo financiamento, e assim tornarem realidade o seu sonho.
Muitas dúvidas são pertinentes quando falamos em financiar um imóvel, e algumas bastante específicas.
De qualquer forma, para quem deseja realizar o sonho da casa própria e não sabe por onde começar segue uma série esclarecimentos, lembrando sempre que paciência, persistência e boa vontade para organizar documentação, fazem parte do processo, mas o resultado será imensamente gratificante.
Simulação
Antes de mais nada é preciso definir alguns detalhes: qual a cidade que pretende adquirir o imóvel? Ele será novo ou usado? É um imóvel ou trata-se apenas de um terreno para uma futura construção? Já tem o terreno, mas deseja adquirir material de construção? Qual o valor do bem a ser comprado?
A partir disso, é possível fazer uma simulação no portal da Caixa onde será possível checar, em um primeiro momento, o quanto será necessário para a entrada, bem como o número possível de parcelas e os valores que elas terão.
Isso será fundamental para sua organização financeira antes de iniciar o financiamento.
É importante ressaltar que não é apenas a Caixa que faz o financiamento de imóveis, outros bancos também oferecem tais serviços e as condições e taxas podem ser diferentes, então fique atento e faça diferentes simulações.
Pense que é como quando vamos contratar um serviço e pedimos vários orçamentos.
Além disso, quando for visitar uma agência vale levar suas dúvidas anotadas, para não se esquecer de perguntar nada que lhe pareça importante.
Os bancos pagam ao vendedor do imóvel a quantia que o comprador quer financiar, e cabe ao comprador quitar sua dívida com o banco.
O imóvel ficará ligado ao comprador, que apenas poderá negociá-lo após pagar toda a dívida.
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Financiamento
Ao iniciar o processo de financiamento, cada banco tem suas particularidades e irá solicitar a apresentação de uma série de documentos, mas alguns são indispensáveis, então já os deixe separados: originais e cópias do RG e CPF (se for um casal, precisa dos documentos de ambos), comprovante de estado civil e de renda (de acordo com a renda será definido o valor das parcelas, pois elas não devem superar 30% da renda familiar bruta).
Para requerer um financiamento é fundamental ser maior de 18 anos, ou ser emancipado com 16 anos completos; ser brasileiro ou possuir visto permanente; e ter capacidade civil e de pagamento.
É importante ressalta que, em processos de financiamento, um profissional especializado, como um engenheiro ou arquiteto, que presta serviço para o banco, irá realizar a avaliação do imóvel a ser financiado para checar se está dentro do informado para a negociação.
Em casos da dívida com o banco não ser honrada, o comprador do imóvel pode perdê-lo.
Se as parcelas do financiamento deixam de ser pagas, o banco pode entrar com uma ação judicial para ficar com o imóvel, que é leiloado, e o dinheiro revertido para o pagamento da dívida.
Atrasos nas prestações mensais levam a cobrança de juros e multa, mas fique atendo para os valores não serem abusivos.
Em caso de dificuldade financeira, como a perda do emprego, antes de deixar de pagar as prestações, procure o banco responsável pelo financiamento e tente renegociar.
FGTS
É possível fazer o resgate do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para utilizar como parte do valor no financiamento do imóvel, mas é preciso que o comprador, o contrato e o imóvel estejam enquadrados nas regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
O valor do imóvel e o do financiamento têm limites que variam periodicamente, além disso, é preciso estar inserido dentro de uma determinada renda familiar máxima, que é variável dependendo da região.
O FGTS pode ser empregado como entrada para o financiamento; para amortizar o saldo devedor; para pagar até 80% do valor da prestação ou liquidar o saldo devedor.
- Outra possibilidade de financiamento é através do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), para o qual não há limite de renda. E quando o valor do imóvel financiado está nos limites do SFH, as taxas de juros não podem ser superiores a 12% ao ano.
- Tem ainda a opção de financiamento direto com as construtoras. Nesses casos não há imposição de limites sobre os valores financiados, renda ou taxas de juros, mas, existem riscos muito maiores para os compradores. A empresa financia a construção do imóvel com o banco, e ele se torna hipotecado, ou seja, se a empresa falir e deixar a dívida, o consumidor pode perder a casa. O comprador também deve ficar atento ao fato de, depois de quitada a dívida, o imóvel seja tirado da hipoteca.
Minha Casa Minha Vida
O programa Minha Casa Minha Vida é um projeto do Governo Federal desenvolvido em parceria com a Caixa Econômica Federa.
Seu objetivo é facilitar que famílias de baixa renda realizem o sonho de ter sua casa própria.
Existem diferentes formas de ter acesso ao Programa, definidas pela renda mensal da família.
De qualquer forma, vale ressaltar que são atendidas apenas famílias que tenha renda bruta mensal de até R$ 6.500.
– a faixa 1 se destina a famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.800. Os interessados em se cadastrar podem fazer isso via internet ou procurando a prefeitura da sua cidade, que irá orientá-lo.
Nesse perfil pode ser custeado até 90% do valor do imóvel pelo Programa.
Para ser aprovado é necessário NÃO: ter recebido benefícios de nenhum programa habitacional; estar cadastrado no Cadastro Nacional de Mutuários; ter imóvel; ser arrendatário do Programa de Arrendamento Residencial; ter um imóvel financiado em seu nome; estar inscrito no Cadastro Informativo de Créditos não Quitado do Setor Público Federal; trabalhar em uma Caixa Econômica Federal ou ser casado com algum funcionário.
– a faixa 1,5 é destinada a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.350, e oferece subsídios de até R$ 45 mil para financiamento de imóveis até R$ 135 mil, dependendo da sua localização.
– a faixa 2 é para famílias com renda entre R$ 2.351 e 3.600 e permite que se faça diretamente uma simulação para saber o valor do subsídio que o programa te oferece. Maiores informações devem ser solicitadas junto a Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.
– a faixa 3 é para financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de famílias com renda bruta mensal de R$ 3.600 até R$ 6.500. Para participar, o candidato não pode ter recebido nenhum benefício do Poder Público.
Para agricultores familiares e trabalhadores rurais, a renda anual da família deve ser até R$ 78 mil anual.
É importante ressaltar que, para o Minha Casa Minha Vida, existem regras sobre o valor máximo do imóvel, que varia de acordo com cada região.
- Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, imóvel no valor de máximo de R$ 190 mil;
- Nas cidades com mais de um milhão de habitantes, imóvel no valor máximo de R$ 170 mil;
- Em municípios com mais de 250 mil habitantes e entorno do Distrito Federal, imóvel no valor máximo de R$ 145 mil;
- Em cidades com população acima de 50 mil habitantes, imóvel no valor máximo de R$ 115 mil; e
- Para outras cidades, imóvel no valor máximo de R$ 90 mil.